O início de Abril foi bastante conturbado. O final do módulo I do Curso de Formação de Soldados, a aproximação das avaliações do curso, a mudança de escala e a realização do evento 22ª em Companhia da Cidadania me deixaram bastante sobrecarregado.
Fora isso, algo estava me deixando bastante angustiado. A Base Comunitária não havia saído do papel. Minha palavra estava em jogo. Eu havia firmado um compromisso com os 60 Alunos Soldados e não enxergava nenhuma possibilidade de voltar atrás.
Na reunião dos Oficiais, questionei ao Comandante a respeito da estrutura física da Base Comunitária e informei a minha preocupação: "Se este projeto não acontecer vou sair como mentiroso" Eu sei muito bem o que isso significa na PMBA - minha carreira ficaria maculada para sempre.
O Comandante informou que já havia conseguido um local provisório para instalação da base. O espaço seria dentro de uma escola estadual que estava passando por alguns problemas, tais como: violência, tráfico e uso de drogas e indisciplina. Não era a estrutura física que eu esperava. Mas essa informação me titou um peso da consciência.
Uma semana depois, em um contato com o Comandante, ele fez questão de frizar: "Vicente, se você sair como mentiroso, eu também serei." Essas palavras me fez perceber que mais uma pessoa havia comprado meu sonho.
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